Stewart Sukuma

 

Nasceu em Cuamba, de pais Quelimanenses no dia 25 de Março de 1963, e com apenas um ano de idade foi para Quelimane onde viveu a parte mais importante da sua adolescência. No Érrégèlê bebeu a essência de ser “machuabo”, características que moldaram a sua personalidade irreverente.

Gravou e partilhou palco com os maiores nomes da música internacional tais como, Lee Ritenour, Ivan Lins, Gilberto Gil, Luis Represas, João Gil, Paulo de Carvalho, Ana Moura, Hugh Masekela, Oliver Mtukudzi, Mark Knofler, Abdullah Ibrahim, Paulinho da Costa, Bonga e Lokua Kanza.

Actuou em salas de espectáculo no mundo inteiro, sendo no Coliseu dos Recreios de Lisboa, em 2014, o primeiro moçambicano a realizar um espectáculo próprio com sala cheia. O Teatro Ibirapuera, SESC Pinheiros em São Paulo, Brasil e Nolan em Estocolmo, foram outros espaços emblemáticos onde já se apresentou bem como em grandes teatros do Norte da Europa.

Stewart Sukuma combina a música moçambicana tradicional e contemporânea com uma instrumentação revolucionária criando um som enérgico, dançante e contagiante, misturado com melodias doces mas poderosas que levam uma mensagem de esperança mas ao mesmo tempo revolucionária para tempos novos em Africa e no mundo, O casamento entre a tradição e o contemporâneo encontram aqui um relacionamento perpétuo. Essa relação tem uma cumplicidade única com a poesia, onde também criou alicerces fortes pela sua convivencia com poetas e escritores do mundo lusófono.

Paralelamente à sua carreira musical é apresentador de programas de televisão ligados ao Turismo, Cultura e Artes em Moçambique (RTP e STV) e activista social por causas humanitárias tendo sido o primeiro Embaixador da Boa Vontade da UNICEF em Moçambique.

Ingressou na Berklee College of Music, Boston, Massachusetts, tornando-se no primeiro moçambicano a entrar nesta instituição de ensino superior de música e onde é membro do Comité Africano de Avaliação e Consultor do “African Scholars Program” desta instituição, o que permitiu com que músicos moçambicanos tivessem acesso a esta instituição de ensino.

Premiado e distinguido em diferentes momentos da sua carreira, foi condecorado pelo Presidente da República de Portugal, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, com o Grau de Oficial da Ordem de Mérito do Infante D. Henrique, pelo Presidente de Moçambique com a Medalha de Artes e Letras e pelo Governo da República Federativa do Brasil com a Medalha da Legião Paranaense do Expedicionário, reconhecimento da contribuição do músico na divulgação de valores culturais no mundo.

O artista é o músico moçambicano mais premiado do Ngoma, o maior festival da canção popular de Moçambique, vencendo nas categorias de Música Mais Popular ( 3 ), Melhor Canção ( 1 ) Prémio Imprensa ( 1 ). Em 1997 a Revista de música Bilboard o classificou entre os melhores de África, pareando com Papa Wemba e outros grandes artistas africanos.

 
 
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